Oi Juliana, desde o dia em que vi o Globo Repórter, me encantei com o país e claro com a coragem que você coloca as coisas. Gostaria de saber mais sobre as pessoas deste país, como tratam brasileiros e as diferenças culturais – Macaé/RJ
É difícil eu falar em nome de todos os eslovenos ou dos brasileiros. Na Eslovênia ou no Brasil, as pessoas são tão diversas, tem comportamentos tão diferentes. Posso falar da minha experiência. Eu sempre fui muito bem tratada por todos os amigos e familiares do Mitja. O fato de eu falar que sou brasileira sempre foi um tema de interesse e os eslovenos sempre foram receptivos e demonstraram curiosidade sobre o Brasil. Perguntavam-me se eu gostava da Eslovênia, se eu achava o país bonito, como eu me sentia no inverno.
Nas televisões eslovenas há novelas brasileiras, mexicanas, venezuelanas e às vezes tenho a impressão que alguns eslovenos pensam que nós brasileiras somos todas “dramáticas”, falantes, ou preocupadas em estar sempre bonita. Não posso negar que encontrei um pequeno número de eslovenos que me falaram frases que demonstravam sua visão estereotipada das latinas, do Brasil, dos brasileiros. Por outro lado, posso dizer que tenho a sorte de conviver com eslovenos que sabem que estereótipos falam algo sobre um povo, mas não falam tudo.
Na Eslovênia há pessoas das mais diferentes regiões do mundo. Penso que a questão central não é “ser brasileira ou não”, mas como é a sua postura no país. Como quero ser respeitada, respeito.
Relato minhas experiências de convívio com os eslovenos e o meu dia-a-dia nas categorias ” Diferenças culturais” e “Minha vida na Eslovênia”. Os links estão no lado direito, no final da página.