Sexta-feira, 14 de março, saí mais cedo do trabalho. A orientação é que todos os funcionários iriam fazer home office. Iniciava a quarentena.
Assustados no mesmo dia, os eslovenos fizeram compras esvaziando as prateileira de diversos ítens. Era impossível comprar molho de tomate. Também não havia mais frutas e carne.
Na segunda-feira, institutos públicos entravam em quarentena, funcionários fazendo plantão em casa. As escolas e as faculdades também fecharam. Apenas algumas unidades permanecem em plantão para acolher crianças que os pais precisam trabalhar.
Nos dias seguintes, o governo anunciou que os transportes públicos deixariam de funcionar. Barzinhos, restaurantes, pizzarias, cafés, sorveterias… também.
Nesta sexta-feira recebi uma mensagem do governo, havia sido criada uma Portaria sobre a proibição temporária de aglomerações e permanência em locais públicos. O supermercado local organizou horários de atendimento. De manhã a preferência é dos idosos.
Um amigo perdeu emprego, trabalhava numa agência de turismo. Imagino que muitas outras pessoas que trabalham na informalidade ou que trabalham sob o status de “estudante” (o equivalente a estagiário no Brasil), também os são profissionais liberiais poderão perder o emprego.
Em uma semana os casos de COVID-19 no país triplicaram. A Wikipidea tem atualizado o número de casos confirmados diariamente.
https://en.wikipedia.org/wiki/2020_coronavirus_pandemic_in_Slovenia
A Eslovênia faz fronteira com o norte da Itália, região com o maior número de infectados e de mortos. Só nas últimas 24 horas 647 italianos morreram. O clima é de apreensão e incertezas, mas também de é solidariedade e esperança.
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Bom dia pessoal como esta’
Estamos bem. Estou a 10 dias sem sair de casa. Obrigada por perguntar. E como você está?