Eu, noiva, recém casada, estava dançando na festa do meu casamento, quando Maja (Maia em português), uma amiga pediu para dançar comigo. Inocente, aceitei o convite e fui dançar. Durante a dança, ela me arrastou para longe do salão, e depois com ajuda de outras duas moças me “sequestrou”.
O cativeiro era um bar no vilarejo próximo. Eu já havia tomado “algumas doses” de caipirinha no meu casamento, mas as sequestradoras me trouxeram tequila! Uma, duas, três rodadas de tequila! Era um cativeiro divertido.
Durante o tempo que estive presa, uma das sequestradoras ligou para o meu padrinho de casamento pedindo um resgate. O resgate é um presente que deve ser dado à noiva, eu poderia escolher entre um final de semana em um spa, sessões de massagem, mas escolhi uma tv.
As sequestradoras pediram para que eu tirasse uma foto abraçando o garçom bonitão, provas de que “o assunto era sério”, e de que o casamento estava “em risco”. Para “sacanear” o noivo, elas mandaram a foto nos celulares de vários convidados. Convencidos “da periculosidade do caso”, e de que “os bons costumes e a moral familiar estavam em perigo”, o padrinho, com ajuda de mais 5 amigos saíram da festa do casamento e começaram a procurar o cativeiro. Se eles achassem o local, não precisariam pagar o resgate e eu voltaria para a festa.
Sim, eu fui encontrada, o resgate não foi pago, não ganhei a televisão.
Como o meu padrinho e seus amigos encontraram a noiva sequestrada?
A culpa foi minha, eu sem querer, fui a “dedo-duro”. Enquanto as sequestradoras falavam no telefone com o meu padrinho, eu que já estava “um pouco alta” falei alto a frase “Olé, e viva a tequilaaaa!” O padrinho ouviu a frase, contou aos amigos e eles decidiram me procurar em todos os barzinhos que vendiam tequila na região! Na terceira tentativa me encontraram. A rendição não foi pacífica. As sequestradoras ficaram com um braço meu, o padrinho e os amigos ficaram com o outro. Ambos começaram a me puxar!. Nada como um estica, estica com a cabeça cheia de caipirinha e tequila.
Vitória dos moços. Depois de uma hora e meia de cativeiro eu finalmente voltei para a festa.
“É a hora de cortar o bolo Juliana”, dizia o noivo. Mas eu, não queria saber de cortar o bolo, continuei falando “Viva a tequila, viva tequila, eu quero é dançar”.