Havia um menino que sempre andava pela floresta em buscava lenhas. Certo dia, enquanto caminhava próximo à uma caverna, ele escorregou e caiu dentro dela.
Na caverna haviam muitas cobras, mas notava-se de longe uma cobra branca, que era a cobra-rainha ou cobra leão. Ela tinha um brilhante diamante na cabeça.
O menino a princípio ficou com medo da cobra, mas esta nunca fez nenhum mal à ele. Com o tempo ele se acostumou. Quando ficou com fome, viu que as cobras lambiam uma pedra. Então ele começou a lamber esta pedra e não teve mais fome. Assim ele viveu na caverna, com as cobras durante 7 longos anos. Após o fim do sétimo ano a cobra-rainha perguntou:
_ Filho, você gostaria de ir para casa ou não?
O menino respondeu:
_ Claro, eu gostaria de voltar para casa, só não sei como.
_ Não se preocupe com isso. Respondeu a cobra-rainha. _Mas, ei, não vá me trair!
O menino prometou a rainha que nunca iria traí-la. Então, elesentou no rabo da cobra e esta o levou para fora da caverna.
Feliz, o menino caminhou em direção à casa. Seus familiares ficaram admirados com sua volta. Há muito tempo que todos achavam que ele estava morto. De todas as maneiras possíveis os familiares tentaram descobrir onde o menino esteve durante tanto tempo. Ele nunca respondia, escondeu a verdade, mas um dia cansado, querendo paz, revelou que esteve na caverna com a cobra-rainha. Então novamente os familiares o atormentaram até que ele prometesse mostrar a cobra-rainha.
E assim, todos os familiares foram até a carvena. Lá havia várias árvores chamdas “Bukev”. O menino subiu em cima da Bukev número 10 e então começou a assobiar bem alto. Assobiou uma vez e nada, assobiou novamente e nada. Na terceira vez que o menino assobiou, apareceu a cobra-rainha, branca e com diamante na cabeça. Triste ela começou a falar:
_Filho, filho, por que você jurou que não me trairia?
E então ela fez um último pedido. Pediu que pudesse dar mais uma volta.
Quando cobra-rainha virou, ela derrubou 9 árvores! A décima, onde estava o menino, ela não conseguiu. Sorte dele, se ele não tivesse subido na décima Bukev, teria sido morto.
Fonte: Slovenske Pravljice – Editora Mladisnka Knjiga, 1965