Demorei para entender o “trabalho de estudante” (študentsko delo) na Eslovênia.
Não existe faculdade no período noturno, todos os estudantes estudam em período integral. A maioria das faculdades não fazem controle da presença do aluno, isso possibilita que nem todos estejam presentes na aula. É claro que cursos como medicina, e outros cursos que exigem laboratório, o controle das faltas é diferente.
Os estudantes tem provas escritas e provas orais. A nota mínima para ser aprovado é 6,0.
Os únicos fatores que percebi que um estudando esloveno que trabalha tem semelhante com um estudante brasileiro que é estagiário é a isenção de imposto pagos por quem os contrata. Os estudantes eslovenos trabalham como garçons, recepcionistas, atendentes de loja, serviços administrativos em empresas. Estes trabalhos raramente estão relacionados à faculdade.
No Brasil um estagiário pode processar um empresa se não exercer as funções descritas em seu contrato de estágio. Todo estagiário deve trabalhar em atividades que possam lhe trazer aprendizado. Essas atividades devem estar relacionadas ao curso que ele estuda.
Outra diferença é que algumas empresas que empregam estudantes dão à eles flexibilidade em relação ao horário de trabalho para que eles possam cumprir as obrigações acadêmicas. Um estudante pode ganhar entre 500 a 1500 euros com este tipo de trabalho.
Existe uma proposta de lei que pretende proibir os estudantes de trabalharem mais de 16 horas semanais.
E eu que achava que no Brasil os estagiários eram mão-de-obra barata, fiquei admirada em conhecer este tipo de trabalho na Eslovênia. Em um país que todos têm acesso gratuito à universidade e a 8 anos de estudo de inglês, diploma e inglês fluente não são garantias de bons empregos.